Com amor, Simon.

Li Simon Vs. a Agenda Homo Sapiens ainda em 2016, quando ele foi trazido para o Brasil. Foi uma experiência muito boa, ainda mais porque, até o momento, nunca havia lido nenhum livro com temática LGBT(Q). Me lembro bem de ter indicado fortemente a um dos meus melhores amigos, que é gay, pois tinha certeza que ele também nunca tinha lido nenhuma obra do gênero e sabia que ele ia se apaixonar por Simon tanto quanto eu.




Assim que saiu a notícia da adaptação fiquei eufórica , mas infelizmente não pude ir ao cinema assistir, pois a rotina no colégio estava corrida. Vi todo um burburinho no YouTube à respeito do filme, mas apesar de ter assistido a alguns vídeos, acabei esquecendo. Eis que no domingo passado eu finalmente assisti, e gostei tanto do filme que quis vir aqui falar sobre ele, apesar de saber que é pouco provável que alguém ainda não o conheça.



O livro nos apresenta a Simon, um garoto gay de dezesseis anos que ainda não se assumiu. Ele não tem grandes questões sobre sua sexualidade, mas prefere deixar para depois o trabalho de ter que lidar com tudo isso. Um dia ele se depara com uma declaração anônima de um garoto de sua escola, autodenominando-se de Blue. No post, Blue assumiu sua homossexualidade e contou como se sente em relação a isso. Simon decide enviar um e-mail ao garoto, e a partir daí os dois começam a criar laços. Tudo ia bem, até que  Martin Addison descobre esses e-mails e passa a chantagear Simon, que se vê obrigado a ajudar o colega a conquistar sua amiga Abby. Do contrário, Martin contaria para todos o que descobriu e talvez acabasse com o que Simon e Blue construíram , muito antes que os dois pudessem aproveitar de fato a companhia um do outro.

O filme segue com a mesma história, apenas com  pequenas modificações, que não influenciaram negativamente em nenhum momento. É um filme bastante sensível, que pode te fazer chorar em alguns momentos e rir em outros. Um filme sobre a adolescência e sobre a descoberta da sexualidade nessa fase tão confusa, sobre como isso pode ser assustador e belo, tudo ao mesmo tempo. Um filme sobre amizade , família e vivências. De forma alguma um cliché, até porque só agora o cinema vem trazendo a representatividade necessária, mas totalmente capaz de fazer suspirar.

Terminei o filme com lágrimas nos olhos, extasiada. Não porque se trata de uma "obra prima" do cinema, e sim porque me tocou de forma sutil e delicada. É uma história simples, mas incrível e com muita representatividade, que mostra que pessoas lgbt's podem sim ter finais felizes, ao contrário do que a cultura pop geralmente mostra. Recomendo que leiam o livro, se ainda não o fizeram, e assistam ao filme também.

See ya ♥